quinta-feira, 3 de maio de 2012

RUMO ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS




Em uma consulta médica, com o laudo da ultrassonografia em mãos, o Doutor informa a gestante:
- Você carrega um feto anencéfalo. Isto quer dizer, que ele após o nascimento viverá apenas alguns minutos, talvez, segundos.
A paciente ao receber a notícia, como quem já tivesse pronta uma pergunta e não quisesse abdicar dela, respirou fundo:
- E qual é o sexo do bebê?
- Mas do que adianta saber o sexo do bebê? - perguntou o médico, sem saber ao certo se ela havia entendido a notícia que ele dera.
Com toda a segurança e força, que aquela mulher jamais tivera conhecimento de possuir, concluiu, com a certeza do que haveria de enfrentar por longos nove meses:
- Doutor, quando as pessoas olharem para minha barriga não vão perguntar se o bebê nascerá vivo ou morto, e sim, se é uma menina ou um menino.


Em 2006, me emocionei quando a Dra. Debora Diniz contou esta história, aqui romanceada, em uma palestra com o auditório lotado. E é com grande felicidade, que hoje, após a decisão do STF, mulheres não sejam mais obrigadas a passarem por este sofrimento físico e psicológico. É mais um passo em direção à garantia das liberdades individuais. Mais um passo em direção à real separação da Igreja do Estado. Parabéns Dra. Debora Diniz, Ministros, Marco Aurélio , Ayres Britto, Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Celso de Mello.




TATIBITATI




Entendendo as tais privatizações, ops, concessões dos aeroportos: 

É como se eu leiloasse a minha casa para comprá-la mais cara depois, sendo dono apenas, de menos da metade dela. Cool. Petistas do meu Brasil, isso não é muito diferente do que as demonizadas privatizações da era FHC. A diferença é que lá a gente emprestava dinheiro do BNDES para os compradores. Ponto. É bom para o Brasil, bom para o turismo, para o usuário, para o empresário, e por aí vai. Só me resta a curiosidade sobre que tema será usado contra o PSDB nas próximas eleições presidenciais. Porque se a privatização era o diabo, o PT acaba de vender sua alma.

A  NOVA E VELHA COLÔNIA





Segundo Miriam Leitão, em 2011 "o Brasil exportou dez vezes mais minério de ferro que carros; seis vezes mais soja que aviões; três vezes mais açúcar em estado bruto do que refinado". Como resultado, temos uma balança comercial ditada pela exportação de commodities e importação de bens industrializados. 

   A intocável Petrobrás, que algum tempo atrás tentou ludibriar os menos informados declarando que o Brasil era auto-suficiente em Petróleo, bateu recorde de importação de gasolina no último ano.  Falta coerência e falta também uma política de investimentos consistentes em alta tecnologia. Entenda-se tecnologia de ponta. Não se trata de aumentar juros, comprar dólares, e implementar medidas protecionistas.  E sim direcionar recursos pesados em infra-estrutura e fomento a indústria de bens de capital e de produção.  Ou se pensa em um país moderno de fato, ou seremos a nova e velha colônia de sempre...com seus burros e carroças.  

CIDADEZINHA QUALQUER

Casas entre bananeiras 
mulheres entre laranjeiras 
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar. 
Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.

Eta vida besta, meu Deus.
                                 Carlos Drummonde de Andarade
SUPER DILMA CONTRA AS FORÇAS DO MAL




Em seu discurso na véspera do dia dos trabalhadores, Dilma nos chamou de amigos e amigas. Prefiro manter certa distância, companheira. Dentre muitas, a presidenta falou sobre o programa Brasil Sem Fronteiras, que oferece 100 mil bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo. Bacana! Lamentável é saber que na lista das 200 melhores universidades do planeta, divulgada no ano passado, aparece somente uma brasileira: a USP na 178ª posição. E que mais do que a preocupação no ensino técnico e superior, dever-se-ia olhar para as bases, ensinos médio e o fundamental. 


      Depois Vossa excelência nos presenteou com a explicação da sua luta incessante contra os juros “abusivos”. E afirmou veementemente que o Brasil só será um país competitivo quando praticar as mesmas taxas de juros do mercado internacional. Maravilha! Mas e os impostos, presidenta? Quando os igualaremos ao dos países de economia competitiva? Então, ela partiu para a batalha contra o alto spread dos bancos brasileiros. Quanto a isso há uma divergência: enquanto o Banco Central aponta 28% de spread médio ao ano, os bancos apresentam algo em torno de 13%. Isso de dá porque o BC contabiliza poucos produtos, e não levam em conta créditos de maior risco, como financiamentos do BNDES, crédito rural e leasing. Sendo assim, o discurso sobre a luta contra a ganância dos banqueiros mais parece eco da vizinha Kirchner, do que com uma real preocupação com a economia brasileira. Mero populismo. 

     Mas o melhor estava por vir: “Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros que vamos continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os malfeitos e os malfeitores...” Bravo! Bravíssimo! Essa afirmação eu deixo pra vocês, amigos e amigas, interpretarem da forma que lhes convier. E dá-lhe Dilma contra as forças do mal.