RUMO ÀS LIBERDADES INDIVIDUAIS
Em uma consulta médica, com o laudo da ultrassonografia em mãos, o Doutor informa a gestante:
- Você carrega um feto anencéfalo. Isto quer dizer, que ele após o nascimento viverá apenas alguns minutos, talvez, segundos.
A paciente ao receber a notícia, como quem já tivesse pronta uma pergunta e não quisesse abdicar dela, respirou fundo:
- E qual é o sexo do bebê?
- Mas do que adianta saber o sexo do bebê? - perguntou o médico, sem saber ao certo se ela havia entendido a notícia que ele dera.
Com toda a segurança e força, que aquela mulher jamais tivera conhecimento de possuir, concluiu, com a certeza do que haveria de enfrentar por longos nove meses:
- Doutor, quando as pessoas olharem para minha barriga não vão perguntar se o bebê nascerá vivo ou morto, e sim, se é uma menina ou um menino.
Em 2006, me emocionei quando a Dra. Debora Diniz contou esta história, aqui romanceada, em uma palestra com o auditório lotado. E é com grande felicidade, que hoje, após a decisão do STF, mulheres não sejam mais obrigadas a passarem por este sofrimento físico e psicológico. É mais um passo em direção à garantia das liberdades individuais. Mais um passo em direção à real separação da Igreja do Estado. Parabéns Dra. Debora Diniz, Ministros, Marco Aurélio , Ayres Britto, Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Celso de Mello.
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