terça-feira, 3 de julho de 2012



EM BERÇO ESPLÊNDIDO?


Em tempos de mais escândalos de corrupção, vemos uma representação inconteste e cada vez mais preponderante do STF na resolução de situações em que o legislativo (representante da maioria) e o Executivo (escolhido também pela maioria) se abstêm. Assistimos à total ausência de boa política. Uma sucessão histórica de oportunistas. A República, de fato, representou a morte de uma NAÇÃO. 


Uma identidade brasileira que vinha sendo construída pela monarquia, desde a Independência, foi destruída por interesses dos que queriam a volta do regime escravocrata, com rarar exceções. Uma família real brasileira, cujo maior expoente foi D. Pedro II, um homem em consonância com seu tempo, conhecedor do Brasil, possuidor de ideias libertárias, entusiasta de novas teorias, incentivador das artes e das ciências, provavelmente, o maior empreendedor deste país, foi expulsa em favor de uma suposta democracia. 


Em 123 anos de Republica, quais foram os ganhos? Golpes de estado, fechamentos do congresso, corrupções mais corrupções? República não é, e nunca foi sinônimo de democracia, afinal, todas as ditaduras ocorreram em períodos republicanos. Segundo pesquisa da Revista The Economist, de 2011, sobre o índice de democracia de 167 países, apontou-se que, entre os 10 países mais democráticos, 7 são monarquias: Noruega, Dinamarca, Suécia, Nova Zelândia, Austrália , Canadá e Países Baixos . Os outros 3, repúblicas parlamentaristas. A primeira república presidencialista aparece só em 19º lugar, os Estados Unidos. 


Não sei se a volta da Monarquia em tempos atuais resultará em grande mudança de cenário, porém, tenho a plena certeza de que o atual sistema político baseado na vontade da maioria só colabora para entramos em um abismo cada vez mais escuro e sem volta. Um vácuo ético preenchido por um povo flagelado, porém em berço esplêndido de ilusões.

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