SUPER DILMA CONTRA AS FORÇAS DO MAL
Em seu discurso na véspera do dia dos
trabalhadores, Dilma nos chamou de amigos e amigas. Prefiro manter certa
distância, companheira. Dentre muitas, a presidenta falou sobre o programa
Brasil Sem Fronteiras, que oferece 100 mil bolsas de estudo nas melhores
universidades do mundo. Bacana! Lamentável é saber que na lista das 200
melhores universidades do planeta, divulgada no ano passado, aparece somente
uma brasileira: a USP na 178ª posição. E que mais do que a preocupação no
ensino técnico e superior, dever-se-ia olhar para as bases, ensinos médio e o
fundamental.
Depois Vossa
excelência nos presenteou com a explicação da sua luta incessante contra os
juros “abusivos”. E afirmou veementemente que o Brasil só será um país
competitivo quando praticar as mesmas taxas de juros do mercado internacional.
Maravilha! Mas e os impostos, presidenta? Quando os igualaremos ao dos países
de economia competitiva? Então, ela partiu para a batalha contra o alto spread
dos bancos brasileiros. Quanto a isso há uma divergência: enquanto o Banco
Central aponta 28% de spread médio ao ano, os bancos apresentam algo em torno
de 13%. Isso de dá porque o BC contabiliza poucos produtos, e não levam em
conta créditos de maior risco, como financiamentos do BNDES, crédito rural e
leasing. Sendo assim, o discurso sobre a luta contra a ganância dos banqueiros
mais parece eco da vizinha Kirchner, do que com uma real preocupação com a
economia brasileira. Mero populismo.
Mas o melhor estava
por vir: “Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros que vamos
continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os malfeitos e os
malfeitores...” Bravo! Bravíssimo! Essa afirmação eu deixo pra vocês, amigos e
amigas, interpretarem da forma que lhes convier. E dá-lhe Dilma contra as
forças do mal.
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