quinta-feira, 3 de maio de 2012

SUPER DILMA CONTRA AS FORÇAS DO MAL




Em seu discurso na véspera do dia dos trabalhadores, Dilma nos chamou de amigos e amigas. Prefiro manter certa distância, companheira. Dentre muitas, a presidenta falou sobre o programa Brasil Sem Fronteiras, que oferece 100 mil bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo. Bacana! Lamentável é saber que na lista das 200 melhores universidades do planeta, divulgada no ano passado, aparece somente uma brasileira: a USP na 178ª posição. E que mais do que a preocupação no ensino técnico e superior, dever-se-ia olhar para as bases, ensinos médio e o fundamental. 


      Depois Vossa excelência nos presenteou com a explicação da sua luta incessante contra os juros “abusivos”. E afirmou veementemente que o Brasil só será um país competitivo quando praticar as mesmas taxas de juros do mercado internacional. Maravilha! Mas e os impostos, presidenta? Quando os igualaremos ao dos países de economia competitiva? Então, ela partiu para a batalha contra o alto spread dos bancos brasileiros. Quanto a isso há uma divergência: enquanto o Banco Central aponta 28% de spread médio ao ano, os bancos apresentam algo em torno de 13%. Isso de dá porque o BC contabiliza poucos produtos, e não levam em conta créditos de maior risco, como financiamentos do BNDES, crédito rural e leasing. Sendo assim, o discurso sobre a luta contra a ganância dos banqueiros mais parece eco da vizinha Kirchner, do que com uma real preocupação com a economia brasileira. Mero populismo. 

     Mas o melhor estava por vir: “Garanto às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros que vamos continuar buscando meios de baixar impostos, de combater os malfeitos e os malfeitores...” Bravo! Bravíssimo! Essa afirmação eu deixo pra vocês, amigos e amigas, interpretarem da forma que lhes convier. E dá-lhe Dilma contra as forças do mal.

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